Eu sou estudante, eu?

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Tornou-se rotina nesses últimos dias, os noticiários trazerem à tona os trotes violentos sofridos por diversos calouros das universidades brasileiras.

Historicamente, os trotes tinham realmente intuito violento e depreciativo, contudo, era uma “violência branda”. Raspavam a cabeça do calouro e o chamavam de ‘bicho’.

Esse tipo de agressão acabou sendo incorporado pelos estudantes, que apelidaram de ‘trote normal’ o que não se torna violento (aqui em Belém, por exemplo, nada deixa um calouro mais feliz que ter sua cabeça raspada após ouvir seu nome na rádio).

Todavia parece que regressamos no tempo, e o dia em que seria um dos mais felizes na vida escolar e profissional de uma pessoa, acaba se tornando um verdadeiro terror.

O que me deixa mais abasbacado são os estudantes veteranos serem um dos responsáveis por esses atos de tortura que daria inveja a qualquer militar da ditadura.

E o mais indignante ainda... são alunos do curso de direito... alunos do curso de pedagogia... Que tipo de profissional será uma pessoa dessas? Como poderá depois dessa barbárie, irem trabalhar com crianças?

É... mas vai ver que eu to sendo careta, vai ver que eu tenho a mentalidade ultrapassada, vai ver que eu não acompanho a moda...

Vai ver que eu preciso rever meus conceitos...

 

Por: Vinicius Mello.

1 papearam:

Daniel Savio disse...

Não sei se em qualquer lugar seja "moda" humilhar e agredir, mas quem eu quero enganar, somos humanos, portanto sempre há uma parte nossa que adora ser superior aos outros...

Fiquem com Deus, menina Nathii, bem como os meninos Vinicius Bruno e Vinicius.
Um abraço.

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