Viva La Vida - Coldplay

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Olá, pessoal. Estou aqui agora falando sobre sociedade, um campo que adoro, embora não seja minha área de estudos. Mas vou além, vou onde alguns olhos não encontram a verdade ou a razão, e aqui eu vou tentar mostrar essa razão para vocês. Espero que gostem.

Muitas músicas são infundadas, com sentidos pobres, enquanto algumas outras são maravilhosas, pefeitas em linguagem e conteudo. Vou apresentar aqui uma dessas preciosidades da música, que, para o prazer de alguns, é super atual.

A música abaixo tem um conteudo que vai além do que é visto nas linhas. Ela não canta sentimentos, mas os sentimentos a cantam. É um lamento claro ao fim daquilo que tornava as pessoas capazes de atribuir valores concretos. Acompanhem a interpretação.

Ao ouvir a música nós percebemos um constrate entre a voz do cantor e o ritmo da banda. Essa é uma análise a ser feita, também. A voz que como eu disse aqui são os sentimentos cantam sem força, tentando se sobresair ao ritmo que traz a música, um ritmo atual. Poderia ser a representação de uma coragem do passado, pronta a enfrentar a inovação cruel.

Viva La Vida - Coldplay

Eu dominava o mundo
Os oceanos se abriam quando eu ordenava
Agora pela manhã durmo sozinho
Varro as ruas que já foram minhas

- "Eu dominava o mundo." Quem dominava o mundo? Essa resposta está contida em toda a interpretação da música.
"Os oceanos se abriam quando eu ordenava." Para que o oceano se abra através de uma simples ordem é preciso o que? Claro, aqui estamos usando uma figura de linguagem, mas podemos representar os obstáculos sendo derrubados através da CORAGEM. O AMOR contido em nós alimenta qualquer outro sentimento. Esse AMOR deve ser visto como a energia que temos para alimentar tudo em que acreditamos, a ESPERANÇA entre algumas delas.
"Agora pela manhã durmo sozinho." Quem dorme sozinho? Quando dormimos sozinhos é porque não temos alguém a quem amar, não temos alguém a quem entregar nosso carinho e compatilhar nossos momentos. É a SOLIDÃO. E o "agora", encontrado no verso, nos remete a atualidade. Ou seja, a SOLIDÃO é um mal dos dias de hoje.
"Varro as ruas que já foram minhas." Hoje não são mais porque a atualidade trocou os valores e sentimentos nobres perderam espaço, hoje simplesmente passam "varrendo", ou seja, limpando coisas que algo novo passou e deixou para trás, DOR, ANGUSTIA, VAZIO.

Eu jogava os dados
Sentia o medo nos olhos dos meus inimigos
Ouvia enquanto o povo exclamava:
"Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!"
Em um minuto eu segurava a chave
No outro as paredes se fechavam em mim
E eu então descobri, que meus castelos se apóiam
Sobre pilares de sal e pilares de areia

- "Eu jogava os dados." Existe maior jogo do que o AMOR? Acredito que não. Um jogo que não pode ser estudado ou previsto. Simplesmente esperam-se os resultados de ações realizadas.
"Sentia o medo nos olhos dos meus inimigos." Medo de perder uma batalha onde o vencedor, o sentimento que moveu as pessoas a tanto tempo, continuava forte.
"Ouvia enquanto o povo exclamava:" Aqui temos um verso chave, afinal, a responsabilidade e a procura por aquilo que temos hoje sempre partiu das pessoas.
"Agora o velho rei está morto! Vida longa ao rei!" O rei morto são todos esses sentimentos nobres, o novo rei ao qual clamamos "vida longa" é a VIDA. Só VIDA, tão vazia quanto possa ser.
"Em um minuto eu segurava a chave, no outro as paredes se fecharam em mim." Temos a concretização da derrota do AMOR. Um desabafo triste do sentimento mais forte do mundo.
"E eu então descobri que meus castelos se apoiam sobre plares de sal e pilares de areia." A realidade daquilo que era um império de sentimentos vem a tona, demonstrando que na verdade o que existia eram aparencias mantidas por pessoas que desejavam algo novo, sem medir as consequencias do que aquilo causaria.

Eu escuto os sinos de Jerusalém tocando
Os corais da cavalaria romana estão cantando
Seja meu espelho, minha espada e escudo
Meus missionários em um campo desconhecido
Por algum motivo eu não sei explicar
Desde que você se foi, nunca mais houve
Nunca houve uma palavra honesta
E foi quando eu dominava o mundo

- "Eu escuto os sinos de Jerusalém tocando." Era comum que os sinos de uma igreja tocassem anunciando um casamento, a união, a vitória do AMOR em meio a sociedade.
"Os corais da Cavalaria Romana estão cantando." Ser um guerreiro, um soldado, era um honra e era feito com muito AMOR.
"Seja meu espelho, minha espada e escudo. Meus missionários em um campo desconhecido." Um pedido sendo feito. Pedido para que nós reflitamos o AMOR, e lutemos por ele, assim também como devemos defendê-lo, por mais que não seja fácil. Devemos levar sempre conosco esse sentimento, inda mais nos dias de hoje, onde ele é desconhecido. Mostrá-lo às pessoas.
"Por algum motivo eu não sei explicar. Desde que você se foi, nunca mais houve, nunca houve uma palavra honesta, e foi quando eu dominava o mundo." Desde que paramos de acreditar, nunca mais houve sinceridade e tudo se perdeu. E isso aconteceu ainda quando o AMOR era um sentimento presente, lutando para vencer a evolução perversa dos sentimentos humanos.

Foi um vento estranho e forte (que)
Derrubou as portas para me deixar entrar
Janelas estilhaçadas e o som de tambores
As pessoas não acreditavam
no que eu havia me tornado
Os revolucionários esperam
Pela minha cabeça numa bandeja de prata
Apenas um fantoche numa corda solitária
Oh, quem desejaria tornar-se um rei?

- "Foi um vento estranho e forte (que) derrubou as portas para me deixar entrar. Janelas estilhaçadas e som de tambores." Mas então o AMOR retornou, de forma brusca ele foi jogado na atualidade, momento em que ele não se encaixa.
"As pessoas não acreditavam no que eu havia me tornado." Surgiu agora, mas como PAIXÃO, arrasadora e implacável, que não liga para os corações, mas para o momento. Ganhou um "prazo de validade". Perdeu o controle do tempo, que antes tinha nas mãos e se sujeitou a ele. Trazendo agora uma nova caracteristica. O AMOR que antes era começo, agora ganhou também um fim.
"Os revolucionários esperam pela minha cabeça numa bandeja de prata." Algumas pessoas, a maioria delas, parecem esperar pelo fim definitivo desse sentimento. Pois agem fazendo o possível para matá-lo.
"Apenas um fantoche numa corda solitária. Oh, quem desejaria tornar-se um rei?" O lamento final e o desdém em relação ao poder que exerce, um poder completamente vazio e fraco. Um desejo de entregar-se completamente ao final que já lhe foi imposto.

Vocês devem estar se perguntando o porquê disso num espaço reservado a discussões sobre sociedade. É simples... Isso é nossa sociedade, vazia, sem razão, sem sentimentos. E o mais triste, "feliz" com isso.

Beijos e até a próxima.

12 papearam:

Nathália Monte ;D disse...

eita que agora esse blog tem vida..
kkkkkk
beijoO

Raphael Cordeiro disse...

eita que agora esse blog tem vida..
kkkkkk [2]
Muito bomo post. Li de relance, quando tiver um tempinho leio ele com mais atenção prometo, pra poder analisar melhor. Mas está ótimo! :)

Plínio disse...

opa
realmente o blog tem vida! rs...

mas então, ótimo post
legal esse pensamento seu... a musica, nunca ouvi, mas vou procurar pra ver qual é dela

Layanna Maiara disse...

Nunca tinha parado para notar a letra dessa música. Acho q devia ser pq como ouço ela em todos os lugares, criei uma repulsa. Porém, é interessante!

Anônimo disse...

Sinceramente, acho sua interpretação interessante, mas há muito na letra que remete à passagens bíblicas. Abrir os mares, cabeça em uma bandeja de prata (crucificação), construir o castelo em pilares de sal e areia. Tem duas estrofes que quebram a negatividade com que o autor vê o mundo, que é "Seja meu espelho, minha espada e escudo. Meus missionários em um campo estrangeiro". São essas estrofes que salvam a letra, pois demonstram que se as pessoas podem escolher lutar do lado de Deus pelo bem da humanidade.

Muito bom o blog!!

Lucas Ferreira disse...

Sugiro apenas que leia essa outra interpretação da música e pense a respeito:
http://filipeflexa.wordpress.com/2009/09/08/coldplay-e-o-viva-la-vida/

Anônimo disse...

Achei algumas partes interessantes, mas sua interpretação, para mim, está totalmente equivocada "Os oceanos se abriam quando eu ordenava." não é uma metáfora para o amor, e sim ao poder. Achei que você usou a escrita certa, mas pecou na interpretação

Davilão Mendes disse...

Na verdade essa poema fala de Lucifer.

Arthur Barrozo disse...

Discordo completamente...

Rafael Ferreira disse...

Não sei, mas talvez a ideia central seja Jesus Cristo. A letra fala de São Pedro, Jerusalém a metáfora do abrir o oceano.
O que acham?... Eu disse talvez.

Rafael Ferreira disse...

Não sei, mas talvez a ideia central seja Jesus Cristo. A letra fala de São Pedro, Jerusalém a metáfora do abrir o oceano.
O que acham?... Eu disse talvez.

Unknown disse...

olá meus amigos,faz muito tempo?


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